segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Pedra Filosofal - J.K. Rowling

"Não existe bem nem mal, só existe o poder, e aqueles que são demasiados fracos para o desejarem"


Título: A Pedra Filosofal

Autor: J.K. Rowling

Título Original: The Sorcerer's Stone

Tradução: Lia Wyler

Série: Harry Potter


Editora: Rocco

2000





      O que dizer a respeito de Harry Potter que alguém já não tenha dito antes? A série é reconhecida pelo mundo todo e não é à toa. Mesmo sendo um livro YA e tendo um vocabulário voltado para crianças, o livro tem um enredo incrível, quando entendemos o real sentido e passamos a ler as entrelinhas, somos capturados pela escrita da autora, de modo que passamos a ignorar o fato de ser um livro infantil.     As personagens são bem construídas, o enredo é bem feito e a criatividade da autora não tem limites.  
      Basicamente, a história do primeiro volume, trata sobre a ida de Harry à Hogwarts. O garoto é órfão, mora com os tios Dursleys – que como McGonagall observou, são os piores tipos de trouxas que existem. Harry leva uma vida miserável com os tios, seu quarto é um armário de baixo da escada, nunca recebera um presente e os tios lhe oferecem o mínimo. Porém tudo isso esta para mudar quando o jovem completa onze anos e começa a receber cartas o convidando a ir estudar em Hogwarts, a escola de magia e bruxaria. O que Harry não fazia ideia, é que – diferente da sua vidinha pacata com os Dursley – ele é uma pessoa mais que reconhecida no mundo dos bruxos.

“(...) Ele vai ser famoso, uma lenda. Eu não me surpreenderia se o dia de hoje ficasse conhecido no futuro como o dia de Harry Potter. Vão escrever livros sobre Harry. Todas as crianças em nosso mundo vão conhecer o nome dele.”

O fato é que mesmo não tendo noção do que acontecia, Harry – mesmo sendo um bebê de colo – na noite em que se tornou órfão, acabou derrotando o maior bruxo das trevas de todos os tempos, um bruxo tão temido, que as pessoas, sequer pronunciam seu nome, Voldemort. Mas e se esse suposto bruxo voltar? A resposta está na pedra filosofal, um artefato valioso e muito importante para o lorde das trevas.

“Tem quem diga que ele morreu. Besteira, na minha opinião. Não sei se ainda tinha humanidade suficiente para morrer.”

O garoto se vê perdido quando finalmente embarca no expresso Hogwarts. Afinal ele nunca vira pessoas voando em vassouras, agitando varinhas, atravessando paredes sólidas, comprando livros que ensinam magia e muitas outras coisas...
      É incrível como uma viagem de trem pode render uma história tão bem desenvolvida, já que a ideia de Harry Potter surgiu quando Rowling – que na época tinha vinte e cinco anos – resolveu ir, junto com o namorado, a Manchester. A viagem atrasou quatro horas, e para a felicidade dos fãs, foram as quatro horas de inspiração para Rowling criar o universo fantástico que veio a ser publicado anos depois.
      Confesso que fiquei decepcionado quando li o livro no formato original e constatei que a tradução é pobre e fraca. A escrita da Rowling é única e criativa, mas foi totalmente prejudicada com o trabalho da Lia Wyler.
A série em suma é a melhor e mais completa fantasia que já li. E o primeiro volume é mais que importante, já que desenvolve o papel de apresentar ao leitor o universo que Rowling criou. O livro é mais que recomendado, mesmo sendo para um publico alvo de menor idade – o que é irrelevante, já que a série possui fãs de todas as idades.
      Neste volume, acompanhe um Harry perdido e sem a mínima noção de quem ele é – sendo que as pessoas a sua volta sabem mais sobre ele que ele mesmo – em busca de respostas, em busca da verdade.


“A verdade – suspirou Dumbledore – é uma coisa bela e terrível, e portanto deve ser tratada com grande cautela.”



2 comentários:

  1. Nossa! Quando conversávamos sobre tradução X original e o quanto é perdido nesse processo não me recordava que a tradutora em questão era Lia Wyler. Ela é uma das melhores, pelo que dizem, só li um livro traduzido por ela (Insônia de Stephen King). Soube que a própria JK Rowling parabenizou a tradução da Lia Wyler, mas nunca há tradução 100% comparado ao original; quer o melhor? Tem que ser o dá própria fonte.

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    1. Então, conheci ela pela tradução do Harry, de modo que não sei como é o trabalho dela como tradutora dos outros livros, mas se tratando de Harry Potter, que tem tantas nomenclaturas e títulos, creio que seria sensato deixar algumas coisas no original. Tem também a mudança no nome de alguns personagens. O "sotaque" de outros, como te falei, e várias outras coisas.... Sei que a própria Rowling elogiou o trabalho dela e disse que é uma das melhores traduções, mas continuo preferindo o formato original. Nada melhor que ler um livro exatamente da mesma forma que foi escrito.

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