terça-feira, 30 de junho de 2015

Viagem ao Centro da Terra - Júlio Verne

“Quando a ciência se pronuncia não há mais nada a fazer senão calar."





Título: Viagem ao Centro da Terra

Autor: Júlio Verne

Título Original: Voyage au Centre de la Terre

Tradução: Abílio Costa Coelho 

Editora: Martin Claret

                                                              2011





Falar sobre clássicos é uma tarefa árdua e arriscada, já que sempre haverá a possibilidade de o interlocutor estar falando bobagens. O fato é que ao decorrer dos anos, a visão que paira nessas obras muda, e a premissa reflexiva é interpretada de maneira alternativa, impactando no valor sentimental que a obra adquiriu durante todo esse tempo.

Em Viagem ao Centro da Terra, magnum opus de Júlio Verne, somos convidados a participar dessa excursão com Axel e seu tio Otto Lidenbrock. Tudo começa quando Otto decifra um enigma que promete levar o leitor ao centro da Terra.

“Desce na cratera de Yocul de Sneffels que a sombra do Scartaris vem acariciar antes das calendas de julho, viajante audacioso, e chegarás ao centro da Terra. O que eu fiz. Arne Saknussemm.”

O problema é que o professor Lidenbrock é uma figura extremamente ambiciosa e teimosa.

“Não! O meu tio não pode saber disso! Só faltava que ele tivesse conhecimento tal viagem! Quereria fazê-la também. Nada conseguiria detê-lo.”

Decididos então, tio e sobrinho partem para a Islândia, para aventurarem-se nessa viagem. Tal premissa soa perfeitamente empolgante para qualquer leitor buscando uma trama mais empolgante, e de fato é até certa parte. A questão é que no decorrer da história, temos uma linha de partida rápida, uma viagem demasiada longa – o que realmente deveria ser – mas ao finalmente atingirmos o centro da Terra, não sou convencido de que a viagem valeu a pena.

 Na realidade, o leitor se sente enganado ao descobrir o que há no fim da linha, e tem a impressão de que limitaram Verne a um número de páginas quando ele escrevera, já que o conteúdo desse universo fantástico não é explorado como promete ser. As questões científicas, por outro lado, são explícitas, e de uma forma ou de outra, torna a leitura cansativa com todos os nomes científicos desnecessários.

“A ciência, meu rapaz, é feita de erros, mas de erros que é bom conceder, pois conduzem à verdade.”





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